domingo, 29 de março de 2009

5 coisas que seus clientes deveriam saber

Você já se sentiu como estivesse repetindo sempre o mesmo dia? Cada vez que você atende um cliente tem essa sensação. Sempre tendo que explicar as mesmas coisas para o cliente. Cansado disso, levou a criação deste livro por um consultor e webdesigner da Inglaterra. Isto não é uma crítica aos clientes, na verdade, existe tão pouca informação que claramente defina qual o papel deles. Claro que existe bastante material sobre usabilidade, acessibilidade, marketing online e copywriting, mas quem tem tempo de ler tudo isso?

O problema é que o cliente tem que ter um entendimento muito amplo(mais do que ler um simples artigo), porém, se ele já entender certas questões chaves podem fazer uma enorme diferença na eficiência de um cliente.

O que vamos seguir é uma lista de 5 coisas que vão ter o maior impacto no site de um cliente. Pelo menos deveriam, se o cliente entendê-las e escolher implementá-las.

1. O cliente é a chave de um site de sucesso

O sucesso, ou fracasso de cada site está intrinsecamente ligado à qualidade do cliente.

Como webdesigners nós, obviamente,gostamos de dar ênfase do nosso papel no processo. Isso é o que justifica o nosso pagamento, porém nós podemos essencialmente só guiar nossos clientes para a direção certa. É de decisão deles que forma vai ter o site e o compromisso deles que define o seu futuro a longo prazo.

Devemos claramente comunicar ao cliente a importância do seu papel e acabar com a idéia de que eles podem contratar um webdesigner e dar o fora.

Nós precisamos dar ênfase a importância do papel deles, mas também precisamos definir a dimensão deste papel.

2. Clientes têm um papel diverso e desafiador

O papel de um cliente é com certeza a mais complexa e desafiante tarefa no webdesign. Claro que lidar com o IE6 é um problemão, mas não é nada comparado ao tamanho das questões que a maioria dos clientes precisam lidar.

Um cliente deve ser:

  • Visionário - capaz de estabelecer a direção a longo prazo do seu site
  • Evangelista - capaz de promover o site internamente e externamente
  • Guardião do Conteúdo - responsável por garantir a qualidade e relevância do conteúdo
  • Coordenador de Projetos - supervisionar todos os aspectos do site assim como se estivesse lidando com fornecedores
  • Árbitro - ter a decisão final entre prioridades conflitantes

O cliente deve saber o suficiente sobre uma grande área de assuntos (de marketing a deseign de interfaces), para poder fazer suas decisões embasadas. É extremamente surpreendente que nós, como web designers, às vezes sentimos que nosso clientes “não conseguem entender!”

Infelizmente o papel deles é também frequentemente sem recursos. A maioria dos responsáveis por websites não são administradores de site dedicados. Em vez disso, eles dividem a responsabilidade dos site com o marketing e outras tarefas.

É nossa responsabilidade explicar o paela do cliente e ter a certeza de que eles entenderam a quntidade de trabalho necessário. Não podemos pensar que eles sabem isso por instinto.

O perigo é que se você não definir claramente o papel do cliente, em vez disso, eles acabarão tentando definir o seu papel.

3. Clientes identificam problemas, designers dão as soluções

Um dos maiores problemas na maioria dos projetos web é que o cliente coemça fazendo decisões que seriam melhor o designer tomar. Isso não somente leva a decisões ruims, como também inevitavelmente deixa o web designer frustrado.

Esse problema pode se manifestar de várias maneiras, porém ultimamente tem se transformado em uma única questão - o cliente está tentando achar soluções para seus problemas em vez de confiar isso ao web designer.

Vamos ver dois exemplos. o mais óbvio ocorre no estágio do design. O cliente, depois de ver o seu design, vem com comentários como "faça o logo maior". Essa é a solução deles para o problema que eles tem com a relevância da marca. Se eles tivesse explicado o problema, em vez da solução, você poderia ter a chance de sugerir abordagens alternativas. Em vez de fazer o logo maior, você poderia ter adicionado mais espaço em branco em volta dele ou mudado-o de posição.

No começo de cada projeto, encoraje seu cliente a se focar nos problemas e não nas soluções. Sempre que o cliente sugerir uma solução pergunte o porquê. Isso vai lhe dar a chance de entender as questões que estavam ocultas.

4. Sites devem evoluir

Um site deve possuir um constante ciclo de re-design. Depois de seu lançamento o site sofre um declínio lentamente. O conteúdo fica desatualizado, o design começa a parecer antiquado e a tecnologia obsoleta. Eventualmente o site para de ser uma referencia da empresa para os consumidores. No final, o chefe acaba sabendo e manda alguém reformular o site. Isso inevitavelmente faz com o que o site seja substituído por uma nova versão, e o ciclo se repete.

Este problema ocorre em primeiro lugar por não haver um real sentido de pertença do site na empresa. Freuqentemente o cliente com quem você trata está apenas contratado até o fim do projeto. Depois disso, o site é largado às favas.

Este ciclo de re-design é dispendioso por três razões:

  • Gasta dinheiro porque o site é substituído por um novo, e o investimento anterior é perdido.
  • É ruim para o fluxo de caixa, gerando grandes gastos a "cada poucos anos".
  • Pelo tempo de vida do site, ele está desatualizado e não está sendo usado em todo seu potencial.

Precisamos começar a encorajar nossos clientes a investir regularmente em seus websites. Eles precisam de um gerente prmanente de website e uma relação constante com sua agência de web design. Juntos precisam manter o conteúdo atualizado,melhorar a interface do usuário e garantir que a tecnologia não te torne obsoleta.

A administração constante do conteúdové uma área que precisa de uma atenção especial. Infelizmente essa área frequentemente negligenciada e sem muitos recursos.

5. Conteúdo é rei - Aja assim como!

Estou constantemente surpreendido com a diferença entre o que os clientes dizem e como eles agem. Pegue, por exemplo, o conteúdo; a maioria dos clientes concordam plenamente que o conteúdo é rei, embora somente estão dispostos a gastar dinheiro para garantir sua qualidade. Este é o maior absurdo possível considerando o montante gasto na implementação de CMS complexos.

A maioria dos clientes que eu encontro acreditam que a contratação de um copywriter para garantir a qualidade e estilo do conteúdo do site é desnecessário. Talvez isso acontece por que os clientes acham que eles são capazes de escrever uma boa copy eles mesmos, entretanto escrever para web é diferente de escrever para qualquer outra mídia. A web possibilita desafios únicos que não podem ser subestimados.

Isso é estranho, pois, os clientes estão perfeitamente felizes (bem… talvez não muito 'felizes') de pagar pelo design. Eles perceberam que não podem fazer um bom design sem a ajuda de um profissional, então porque eles insistem em acreditar que podem criar uma boa copy sozinhos?

Normalmente quando os clientes escrevem a copy, ela acaba ficando prolixo e inacessível. Cheio de termos de vendedores e jargões, o que é altamente ignorado pela grande maioria dos usuários.

Entretanto, em muitos casos a realidade é ainda pior que uma copy mal-escrita. Pela minha experiência, clientes subestimam o tempo envolvido na produção de copy para web e recorrem a copiar e colar de uma variedade de materiais impressos. Isso cria uma copy Frankenstein, usando um mix de estilos que geralmente são totalmente inapropriados para a web.

É o nosso papel como web designers de educar nossos clientes sobre a importância da copywriting e explanar o tamanho dessa tarefa, se eles escolherem por fazerem por si próprios. Sem uma experiência prévia, a maioria dos clientes irão subestimar significantemente essa tarefa.

Conclusões

Essa lista está longe de estar completa, não foram mencionados success criteria, usabilidade, acessibilidade, marketing online ou design abstrato. É só o início do que um dono de website deveria saber, contudo que se os nossos clientes apenas adotassem os 5 pontos acima, isso faria uma profunda diferença no sucesso de seus websites. Agora cabe a você persuadí-los.

Tradução livre, com algumas partes resumidas, do artigo escrito para o WDD por Paul Boag.

Link para o artigo original

Nenhum comentário:

Postar um comentário